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29.11.11

Luminária de barbante



Achei esta incrível faceta no site amenidades do design. Trata-se de uma luminária feita de barbante, com um resultado lindo. O tutorial completo, você encontra aqui

31.8.09

Pensamentos de onibus.

Coincidencias:

Hoje estava na janela do onibus, feliz, lendo meu livrinho de fotografia e ouvindo musica nos aleatorios quando me senta ao lado um negro quarentao, gordinho, com uma camera SLR, mexendo na grande maquinazinha fissurado por suas proprias fotos. Curiosa, nao resisto e dou uma espiada de soslaio, vejo algumas fotos do Rio, bicicletas, pessoas... volto a ler. Alguns minutos depois, me vem a criatura perguntar se poderia me fotografar lendo com os cabelos ao vento. E eu a pensar nessas doideiras da vida.


Felicidade e Inteligencia:

Ando feliz ultimamente. Naquelas fases em que posso dizer, despretensiosamente, que sou exatamente o que quero ser, e que espero da vida exatamente o que ela está me trazendo, sem mais, sem menos. Gosto dessa sensacao, apesar de ter consciencia de que felicidade é algo maior do que uma mera sensacao de espirito. Pensando assim nisso, perguntei a mim mesma (e me pergunto sempre) quais fatores essenciais influenciam minha vida em suas oscilacoes emocionais eventuais. Sabe, äs vezes percebo que os momentos em que me sinto melhor geralmente sao aqueles em que menos mergulho em profundidade de pensamentos e, talvez por substituicao, nos quais mais me intregue äs experiencias empíricas. Prática e teoria, leveza e peso... Ah, querido Kundera... E é engracado como ao mesmo tempo em que estou feliz sinto-me cada vez mais burra, deixando de lado a filosofia diária, os livros, filmes, o interesse excessivo por informacao e cultura, a ansiedade de QUERER sempre. Querer ser tudo, entender conhecer fazer estar em tudo, essa vontade doentia por potencia. O que me sobra, senao muito: o senso crítico e a música. De resto, sinto-me burra, ignoro conscientemente e na cara de pau, apesar da enorme culpa, de meu terrível auto-julgamento a me castigar, a resmungar baixinho `tsc... que desperdício, que fatalidade... E esta que prometia tanto, só mais uma entre a multidao.` Mais uma feliz, ao menos.

Mas afinal, por que a felicidade deve obrigatoriamente ser excluida quando se pensa demais, quando se pensa obsessivamente? Deveria ser pelo excesso de consciencia? Pela criacao de um código de ética e moral pessoal e de uma visao e opiniao individual sobre a realidade avessas ao que é visto na prática? O que diabos acontece na minha cabeca para nao acreditar que as duas podem existir em harmonia? Que o pensamento será sempre um peso, duro e racional, apesar de belo? Sinto saudade de meus devaneios construtivos, ao mesmo tempo em que abomino a ideia de voltar a te-los. Tenho medo. Medo dessa minha vida colorida ser só pintura barata pra esconder a ferrugem.

Nao. Prefiro lembrar sempre do que Bárbara um dia me escreveu: `Não acredito que a formula para a felicidade seja não pensar, mas sim ser organico, aceitar a vida com naturalidade, e tranquilidade, na totalidade dos altos e baixos. Não desista de pensar isa! Os pensamentos não são essencialmente pesados e estressantes, podem ser belos!`

E chega por aqui.

20.8.09

Dá não.

Sabe o que é? Tomei um banho de gelo em relação à escrita, estou travada, confesso. Sempre venho parar por aqui, abro a página de novas postagens e olho, fico aqui, estática, que nem besta até me dar conta de que nada sai. Depois de um tempo desisto e fecho o blogspot. É engraçado. Ultimamente, depois do recomeço das aulas (e, consequentemente, de meus devaneios), ando pensando de modo compulsório. Ando talvez mais perceptiva, às vezes me parece que tudo é motivo de análise e pensamento. Ameaço buscar o caderno de anotações, olho de soslaio, mas desisto num piscar. Uma tristeza.
Preciso ser sincera pelo menos com o que escrevo. Estou mal das palavras... Em contrapartida, muito bem da vida (: . E é só.


Aliás, acho que vou aderir ao movimento e começar a colocar uns videos a cada post também, sabe...

10.8.09

Homenagem ao falecido, saudações ao início.

Eis que pela primeira vez acabo por deletar um blog meu. Querido pneumoultramicroscopico, breve em suas prolixidades e palavras, mas firme e fiel à voz; representou-me um ano em textos curtos de drama, dúvida e angústia, mais um relatório sobre uma época de vestibular. De ti, retiro a dor de um futuro cego e levo comigo as lembranças dos dias de sol, a brasilidade dos passeios pelo Rio, os banhos de mangueira e o lilás das flores de setembro que certa vez reparei. De resto, guardo o particular dentro do histórico de meus arquivos e aproveito-me do layout antigo.

E agora, enfim, Lambizgóia.

Conversava hoje com um amigo sobre a beleza presente nas palavras, e após uma pesquisa rápida pelos mistérios da opinião, concluo "L", "M", "B' e "Z" como as consoantes mais sonoras do alfabeto. Como de imediato, Lambisgóia veio-me à língua, e pela falta da palavra na lista de urls disponíveis no blogspot, substituo o "S" pelo simpático "Z", forço na originalidade e finjo desenvoltura para então criar meu novo blog. Lambizgóia, sonora palavra destruída pelo fardo do sentido, a beleza do som com a feiúra do que é ouvido, uma mulher delambida, intrometida ou mexeriqueira, menina afetada, presumida, vaidosa, pois que seja ela a personagem de minha escrita; não escritora, mas escrivaninha.

E que cortemos a formalidade a partir de já.
Bem vindos (: